"Sou Feliz Porque Venho Marcando o Meu Tempo"
Entrevista de: Isaquiel Cori
Discreto, silencioso, Frederico Ningi tem vindo a percorrer um caminho singular na literatura angolana. A poesia, nele, não se reduz apenas à escrita, faz parte da sua vida, do seu quotidiano, é a sua visão do mundo e o seu modo de existir.
Cultiva sistematicamente o intimismo, a introspecção e em determinado período da sua vida foi um praticante apaixonado do yoga. Também é desenhador e fotógrafo. As linhas dos seus desenhos e as suas imagens fotográficas são, outro tanto, o prolongamento da sua poesia. Publicou Os Címbalos dos Mudos, poesia e desenho, Infindos nas Ondas, poesia, e Títulos de Areia, poesia e softgravura.
A Voz Dos Que Não Têm Voz
Pertence à chamada Geração de 80. É uma personalidade multifacética e interventiva. A sua vocação literária espraia-se pela crónica, ensaio e sobretudo pela poesia. A entrevista que se segue incide fundamentalmente sobre o poemário Idade Digital do Verso e sobre aquilo que é, no seu entendimento, a arte da poesia e a sua relação com o mundo. "Eu sou a voz dos que não têm voz", afirma, categórico, Conceição Cristóvão.
"As Mulheres Educam Uma Nação, os Homens Educam-se a Si Próprios"
Entrevista de: Isaquiel Cori
É uma Senhora. Jamais passa despercebida onde quer que esteja. Muito ligada às actividades literário-culturais e autora de mais de uma dezena de títulos de literatura infantil, surpreendentemente diz que não é escritora ("Um escritor tem de ter profissionalismo, tem de escrever todos os dias").
Publicou recentemente Crónicas Apressadas I, uma colecção de textos lidos na rádio LAC - Luanda Antena Comercial, em 1999. Promete, para breve, a publicação de dois livros de ensaios sobre literatura infantil angolana e sobre as mulheres da UEA. Professora de longa carreira, já não tem a conta de quantos cidadãos ajudou a formar. Aqui, Gabriela Antunes remonta à sua infância no Huambo, ao seu tempo de estudante e aos primórdios da criação do Estado angolano. Mas também fala de literatura, política e comunicação social. Com o desassombro e a frontalidade de sempre.
«A União dos Escritores Conseguiu fazer tudo o que tinha que fazer»
Entrevista de: Aguinaldo Cristóvão
Numa altura em que a classe dos escritores atravessa um período de estabilidade, o Secretário-geral da União dos Escritores Angolanos, Adriano Botelho de Vasconcelos, anunciou que, a partir do próximo ano, em concertação com o Ministério da Cultura, será criado o prémio nacional de Ficção e Poesia. Apesar disso, chama a atenção para o valor inestimável dos intelectuais angolanos, por vezes esquecido. Ele faz uma apreciação do que faz e/ou deverá fazer na cadeira de S.G.