Entrevista de Aguinaldo Cristóvão
«A multiplicidade os exemplos de adjectivação patentes na minha obra, reafirmava o meu desejo de concretização de um projecto com função gramatical: homenagear, em percursos da expressão sugestiva da metáfora, da metonímia e do símbolo, um magnífico tempo verbal: o pretérito imperfeito do indicativo. E decidi oferecer à sociedade por escrito e em universo poéticos estes versos (...)» In: Lugar e Origem da Beleza
Entrevista de Aguinaldo Cristóvão
Artur Pestana dos Santos, escritor angolano, teve na guerrilha o epíteto que hoje lhe vale para a literatura: «Pepetela». É este o nome que encabeça a lista dos escritores angolanos mais lidos e conhecidos, também, no estrangeiro. Para ele, o Estado angolano deveria adoptar uma política para fomentar o gosto pela leitura. Os intelectuais têm o direito e o dever de exprimir as suas opiniões e até revoltas, mas aos leitores cabe a tarefa de interpretar um livro como quiserem.
«O Escritor Deve Ter a Liberdade de Escrever Sobre Tudo e da Maneira Que Entender»
Escrito por João MeloEntrevista de Aguinaldo Cristóvão
Ao prefaciar o livro Tanto Amor, o escritor angolano Manuel Rui chama a atenção, ainda em 1989, para o arrojo inaugural de João Melo no contexto sócio-literário angolano. Referia-se a «coincidência da busca da nudez verbal com a sublimação do corpo, do gesto e da totalidade de existir na fugacidade orgásmica». Este foi o primeiro passo de João Melo rumo a uma estilística que se ajusta à sua maneira de encarar a poesia: o escritor deve incomodar às vezes, mas, sobretudo, deve ser livre de criar.
Entrevista de Aguinaldo Cristóvão
Na azáfama do pós independência, enquanto a literatura colonial e os escritos de cárcere eram publicados, verificou-se que as crianças não tinham nada para ler. Nenhum livro de autores angolanos havia sido publicado para preencher esta lacuna. Neste processo, Dario de Melo destacou-se, de entre um grupo de escritores. Autor de mais de 18 livros e perto de 100 estórias, Dario já foi professor e inspector primário, numa vida que ainda lhe ofereceu o cargo de director do Jornal de Angola, o único diário angolano.