quinta, 23 setembro 2010 11:35
Senhora Morte
Com paciência, escutei as cenas que diariamente acontecem no Hospital Américo Boavida. Tive logo a certeza de que a nossa morte para estar bem nutrida, “Gorda de arrasto”, como escreveu um poeta maldito, arrumaria em bom refúgio e tecto a sua casinha nos bancos de urgência, caída em lugar certo até por respeito a sua própria natureza.
Publicado em
Crónideias
quinta, 23 setembro 2010 11:16
“Desenrascanço”
“Ah, como nos vamos arranjar?”, perguntou o passageiro refestelado na cadeira h5, da 1ª classe, tão receoso que estava da sua aventura e pela primeira vez fazia um longo curso numa aeronave da TAAG, “Africana”, realçou para si mesmo sem muita tranquilidade.
Publicado em
Crónideias
quinta, 23 setembro 2010 11:07
“Ah Ah Ah Ah Ah Ahhhh”
No hall de entrada dos hotéis Alvalade, Trópico, Presidente, e de tantas outras unidades de cinco estrelas, o que caracteriza as suas salas de estar é a intensa azáfama dos que se sentam em conversas de ouvidos perto uns dos outros. “O mundo sem palavras, definharia até desaparecer”, essa frase que ouvira da boca do padre interrompeu o fio das minhas cogitações.
Publicado em
Crónideias
segunda, 12 julho 2010 11:08
O amor é sempre agora. Antologia do éden angolano, organização Adriano Botelho de Vasconcelos
(Minha dor, ninguém a saiba –
Não há peito em que ela a caiba)
Viriato da Cruz.
(In: “Rimance da menina da
roça”)
Publicado em
Críticas e Ensaios