Livro: Landry-Wilfrid Miampika [editor], La palabra y la memoria: Guinea Ecuatorial 25 años después, Madrid, Editorial Verbum, 2010
A Guiné Equatorial continua a ser uma realidade improvável no imaginário lusófono; improvável porque desconhecida ou apenas lembrada pela posse de jazidas de petróleo, por um regime ditatorial, caracterizado pela violência, e por uma tentativa de adesão à CPLP conturbada. Para os meios de comunicação social e para os leitores lusófonos pouco mais existe, apesar da ligação histórica de Ano Bom a Portugal e de São Tomé e Príncipe partilhar um arquipélago em que se inserem as ilhas sob soberania da Guiné Equatorial, a saber a referida ilha de Ano Bom e a antiga ilha de Fernando Pó, hoje Bioko.
National Geographic em contexto
Há mais de um século a National Geographic tem-se encarregado de levar informação geográfica, histórica, cultural e social de diversas partes do mundo às nossas casas, em especial aos lares norte-americanos1. África é objecto de estudo constante por parte da revista e dos seus colaboradores, cerca de 300 artigos sobre o continente africano já foram publicados ao longo da sua existência. Estudá-los todos numa conferência seria impossível, mas é possível fazer uma selecção de alguns artigos publicados no século XIX e na primeira metade do século XX e analisar os discursos e representações que se fazem do continente africano 2. Assim sendo, este artigo constitui parte de um trabalho mais abrangente e complexo que analisa os cerca de 300 artigos que a revista publicou sobre o continente africano.3
O ensino das Literaturas Africanas e Afro-Brasileira e os desafios à práxis educacional e à promoção humana na contemporaneidade
Escrito por Robson DutraNunca houve um monumento da cultura que não fosse também um monumento de barbárie.
Walter Benjamin, 1996: 225
Embora defenda sempre a necessidade de distinguir o pessoal do profissional, percebo que essa distinção hoje mostra-se impossível para mim. Não há como não me sentir, nesse momento, misturada ao tentar falar desse notável Desmedida, que ficou como um dos últimos legados deixados pelo Ruy Duarte. E dos mais valiosos para nós brasileiros. Porque a emoção é indisfarçável, eu antecipo o meu pedido de desculpas por não conseguir a dose de rigor que foi sempre uma das marcas essenciais do autor desse e de outros livros fundamentais.