Luandino Vieira
Português de nascimento, passou a juventude em Luanda, onde concluiu os estudos secundários. Por combater nas forças do MPLA durante a Guerra Colonial, contribuindo para a criação da República Popular de Angola, adquiriu a cidadania angolana. Preso pela PIDE, pela primeira vez em 1959, acusado de ligações ao movimento independentista (Processo dos 50), acabaria condenado a catorze anos de prisão, em 1961. Antes disso a Sociedade Portuguesa de Autores, então presidida por Manuel da Fonseca, pretendera atribuir-lhe o Prémio Camilo Castelo Branco, pela sua obra Luuanda. Essa acção fez com a PIDE/DGS levasse a cabo uma acção de desmantelamento da SPA. Luandino cumpriu a pena de prisão no Campo do Tarrafal, em Cabo Verde, regressando a Portugal em 1972, com residência vigiada em Lisboa.