A Alma Feminina: Uma Pintura Dilacerada Pela Colonização
Arde em ti
a carne despudorada
de dor, culpa e desespero
O brilho das lanças
não apaga o fogo
de tua alma suja,
O sangue não purifica
tua carne maldita,
manchada de Vergonha,
És a vitória
da vida suja
que sai vermelha
de entre tuas pernas
. Séculos se passarão
até que tua vergonha
te liberte da Mão Santa do Senhor.
Fátima Borges (Diretora teatral e Escritora)
O Perfume e o «Entrelugar» no Sujeito em Busca de Sua Autognose
«Procuro despedir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, ..»
(Fernando Pessoa, 1997, p.43)
O Conceito de Leveza em Mia Couto e em Roberto Chichorro
Firipe Beruberu, O Quixote Moçambicano
«E nisto acudiu o barbeiro:
– Peço a Vossas Mercês que me dêem licença
para narrar um breve caso que (...), por vir aqui
de molde, sinto vontade de contar»
(Dom Quixote - Miguel de Cevantes)
A Gotinha Rebolinha: Uma Narrativa Infantil Angolana Juraci Coutinho de Pina
É uma das mais árduas tarefas que conheço
colocar-se a gente no nível da criança; e é
característico de um espírito bem formado e
forte condescender em tornar suas as idéias
infantis, a fim de melhor guiar a criança.
Montaigne *
Noémia de Sousa, Bertina Lopes, Mia Couto e Naguib: Um Diálogo de Sonho, Memória e Erotismo
Pelas Letras de Ruy Duarte e Arlindo Barbeitos e Pelas Telas de António Ole, o Desvendar da Face Aangolana
Pequenos Milagres em Terras Voluntariosas: Entre A Jaganda de Pedra e o Desejo de Kianda
Terra Sonâmbula - O Sonho Movendo a Estrada
Nós temos olhos que se abrem para dentro,
esses que usamos para ver os sonhos.
Mia Couto