Biografia e atuação:
Poeta e museólogo. Kudijimbe cursou Museologia na Universidade de Muserak, Brno/Republica Checa, além de ter concluído o curso de Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário no Centro Internacional de Formação de Turim, na Itália. Em 1973, é preso pela PIDE/DGS e encerrado na Cadeia do S. Paulo, em Luanda. Restituído à liberdade, Kudijimbe prossegue os seus estudos na província de Cabinda, sob a condição de apresentar-se mensalmente à polícia política fascista, para questões de controlo. Em 1974, parte para Ponta Negra, República do Congo, e apresenta-se ao MPLA. É enviado para Brazzaville e posteriormente, para Dolisie e, como voluntário, ingressa nas fileiras das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola. (FAPLA). No CIR Kalunga, recebe a preparação de guerrilha e é transferido, mais tarde, para o interior de Angola, mais especificamente para a Zona B, Base Gorila, na província de Cabinda. Em 1977, segue para o Huambo e faz o curso de Inter-Armas na Escola de Oficiais Nicolau Spencer. De regresso a Luanda, Kudijimbe é colocado ao regime presidencial. Em 1991, foi condecorado com as medalhas do 1º de Agosto, como Guerrilheiro de Primeira Classe do MPLA, pelos serviços prestados à Nação. É articulista do Jornal de Angola, em regime de colaboração e é convidado, muitas vezes, para ser o orador de temas ligados à Literatura e aos Direitos Humanos.
Percurso Literário: época e geração
Kudijimbe é poeta da Geração de
Obra Poética: cronologia e publicações
- 1987 – O Fardado
- 1988 – Fogo na Kangica
- 2003 – António Jacinto e os Guerreiros
- 2004 – No Amanhecer da Curva
- 2006 – Pedaços de Areia
- 2006 – A Morte da Noite
- 2007 - Também Lutaram Por Angola
- 2009- António Jacinto e os Guerrilheiros (2.ª Edição revista ampliada)
Crítica Literária:
Álvaro Macieira - escritor, artista plástico e autor do Prefácio de Fogo na Kangica- se debruça sobre a palavra de Kudijimbe e afirma:
Esta é poesia de Kudijimbe, a poesia que circula nas veias dos homens do nosso tempo. É uma poesia de outra “raça”. Que circula pelos rios caudalosos de Angola, onde vamos beber o sémen do amor, da dor... a certeza e o futuro, no ritmo do presente que se vive e se escreve. A poesia de Kudijimbe é de incontestável firmeza, porque traça o presente dos anseios do amanhã e encara a prosperidade de um tempo que se pretende: com beleza e melodia... A poesia de Kudijimbe é um apelo solidário á luta que se trava no Mundo para um futuro confiante e melhor. É uma poesia que ultrapassa a recordação dos tempos que se vivem e, entre realidade e simbolismo ritmo e cadência, lança as sementes na terra já desbravada por outras gerações de poetas de que o país se orgulha. (MACIEIRA, In: prefácio)
Álvaro Macieira - escritor, artista plástico e autor do Prefácio de Fogo na Kangica- se debruça sobre a palavra de Kudijimbe e afirma: Esta é poesia de Kudijimbe, a poesia que circula nas veias dos homens do nosso tempo. É uma poesia de outra “raça”. Que circula pelos rios caudalosos de Angola, onde vamos beber o sémen do amor, da dor... a certeza e o futuro, no ritmo do presente que se vive e se escreve. A poesia de Kudijimbe é de incontestável firmeza, porque traça o presente dos anseios do amanhã e encara a prosperidade de um tempo que se pretende: com beleza e melodia... A poesia de Kudijimbe é um apelo solidário á luta que se trava no Mundo para um futuro confiante e melhor. É uma poesia que ultrapassa a recordação dos tempos que se vivem e, entre realidade e simbolismo ritmo e cadência, lança as sementes na terra já desbravada por outras gerações de poetas de que o país se orgulha. (MACIEIRA, In: prefácio)
Ainda sobre os poemas desse grande poeta angolano, o escritor Trajanno Nankhova Trajanno diz:Do ângulo onde lemos este (s) poema (s), memorizarmos o silêncio desta voz sonora de um filme de Kudijimbi revela para a tela da vida de um tempo-presente, procurando na interação da naturalidade do tempo-comum onde habita a mestra não lúcida e dúlcida do tempo-étero que exige das sementes o tempo do percurso ermo e da inacção social, conciliando a voz da emoção e da razão. (TRAJANNO)
Após viver período superior a uma década sem editar, Kudijimbe reaparece, “contabilizando as cores invertidas de uma tabuada prolífera, com os sessenta instantes de saudades e de reflexão”. Yara Simão, do Jornal de Angola, diz que
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KUDIJIMBE. BioQuem. Disponível na www http://www.uea-angola.org/bioquem.cfm?ID=47
____________. Entrevista a Agnaldo Cristóvão. Disponível na www: http://www.uea-angola.org/destaque_entrevistas.cfm?TermoBusca=&Pagina=4
MACIEIRA, Alvaro. Prefácio. In: KUDIJIMBE. Fogo na Kangica. Luanda: UEA, 1988.
MELO, Adriano de. Kudijimbe mostra
http://www.jornaldeangola.com/artigo.php?ID=52875
TRAJANNO, Nankhova Trajanno. In: BioQuem. Disponível na www: <URL:http://www.uea-angola.org/bioquem.cfm?ID=46
VASCONCELOS, Adriano Botelho de. Todos os sonhos: Antologia da Poesia Moderna Angolana. Luanda: UEA, 2005.