a manhã
chega sempre depois de mim por
isso estou onde sempre estive num
altar de tristeza
e lágrimas na
altura do
coração
In: Emoções, p.62
Poeta, escritor e político. Fez o curso de Administração e Comércio e o Politécnico de Gestão
Adriano Botelho começou a escrever na 4ª classe. Sua proposta de escrita, considerada pela família como surrealista, não levou propriamente em conta o drama da colonização. Foi em sua vertente poética que Adriano Botelho mais se permitiu dar voz ao "outro", opondo-se ao princípio estilístico da estandardização da linguagem angolana. Em Lisboa, durante a sua estadia, Adriano Botelho lançou o Jornal Angolê, Artes e Letras; no Porto, reuniu mais de duzentos especialistas de literatura angolana - encontro muito concorrido, que possibilitou ao poeta a organização de textos sobre a obra de Agostinho Neto. Com mais de 500 páginas e intitulada A Voz Igual, Ensaios sobre Agostinho Neto, a obra reuniu mais de 24 especialistas atuantes
- 1974 – Vozes da Terra.
- 1975 – Vidas de Só Revoltar
- 1983 – Células de Ilusão Armada.
- 1984 – Anamnese.
- 1988 – Emoções.
- 1996 – Abismos de Silêncio.
- 2003 – Tábua – Grande Prémio Sonangol de Literatura –Ex-aequo – 2003.
- 2005 – Boneca de Pano:Colectânea do Conto Infantil.
- 2005 – Caçadores de Sonho : Colectânea do Conto Angolano.
- 2005 – Todos os Sonhos:Antologia da Poesia Moderna Angolana.
- 2005 – Olímias.
- 2007 – Luanary.
2009 – O Amor é Sempre Agora.
Inocência Mata, professora de Literatura da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, reconhece que, em Emoções, a voz poética do sujeito emerge numa ambiência de quase angústia sobre o homem, questionando, enquanto fazedor (determinado) do mundo contra o qual se ergue - e questionando-se ora pela sua passividade, ora pela sua cumplicidade. (MATA apud UEA)
uma espécie de coerência grupal, um sentimento intenso de união, de vínculo aos princípios básicos da violência pela violência, que encontra motivação no ódio profundo contra os seus opositores, mas também contra os seus pares. (OLIVEIRA apud Pambazuka News)
Ainda sobre a análise do discurso poético de Adriano, acrescenta Oliveira:
Nas obras de Vasconcelos, as versões do passado são reatualizadas com imagens elaboradas por um procedimento produtor de opiniões, que articulam experiências só evidenciadas no presente, com a reconstrução factual. Reconstrução esta capaz de promover o questionamento de vozes individualizadas e coletivas que compõem o mosaico poético e trazem à tona as águas revoltas do passado, para reinterpretá-las no espaço literário onde ocorrem reflexões acerca do “silêncio [que] fez a noite ser mais longa pelo rabo de uma cobra que toca os tambores que ainda guardam as lágrimas dos kombas”. (OLIVEIRA apud Pambazuka News)
Inocência Mata, professora de Literatura da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, reconhece que, em Emoções,
a voz poética do sujeito emerge numa ambiência de quase angústia sobre o homem, questionando, enquanto fazedor (determinado) do mundo contra o qual se ergue - e questionando-se ora pela sua passividade, ora pela sua cumplicidade. (MATA apud UEA)
Ainda sobre a análise do discurso poético de Adriano, acrescenta Oliveira:
Nas obras de Vasconcelos, as versões do passado são reatualizadas com imagens elaboradas por um procedimento produtor de opiniões, que articulam experiências só evidenciadas no presente, com a reconstrução factual. Reconstrução esta capaz de promover o questionamento de vozes individualizadas e coletivas que compõem o mosaico poético e trazem à tona as águas revoltas do passado, para reinterpretá-las no espaço literário onde ocorrem reflexões acerca do “silêncio [que] fez a noite ser mais longa pelo rabo de uma cobra que toca os tambores que ainda guardam as lágrimas dos kombas”. (OLIVEIRA apud Pambazuka News)
Dados Bibliograficos
OLIVEIRA, Jurema José. O Sólito e o Insólito
MATA, Inocência. Literatura Angolana: Silêncio e falas de uma voz inquieta. Lisboa: Mar Além, Edição de Publicações, 2001.
________. BioQuem. Disponível na www: <URL: http://www.uea-angola.org/bioquem.cfm?ID=70
VASCONCELOS, Adriano Botelho. BioQuem. Disponível na www: <URL: http://www.uea-angola.org/bioquem.cfm?ID=70
VASCONCELOS, Adriano Botelho. Todos os sonhos – Antologia da Poesia Moderna Angolana. Luanda: UEA, 2005.OLIVEIRA, Jurema José. O Sólito e o Insólito
MATA, Inocência. Literatura Angolana: Silêncio e falas de uma voz inquieta. Lisboa: Mar Além, Edição de Publicações, 2001.
__________. BioQuem. Disponível na www: <URL: http://www.uea-angola.org/bioquem.cfm?ID=70
VASCONCELOS, Adriano Botelho. BioQuem. Disponível na www: <URL: http://www.uea-angola.org/bioquem.cfm?ID=70